Por Paula Tweedie
O que é fobia?
A fobia se caracteriza por um medo excessivo, ligado à presença ou
previsão de se defrontar com o objeto ou situação temida (estímulo
fóbico). Envolve um temor não justificado, frequentemente levando a
evitação do contato com o estímulo fóbico. Em algumas situações a
presença do objeto pode ser tolerada, embora com acentuada ansiedade.
Quanto ao estímulo fóbico, este pode envolver animais, situações do
ambiente natural, dentre outros.
A que estão ligadas as fobias infantis?
A fobia infantil está ligada a um medo irracional acerca de objetos
ou situações circunscritas. Nas crianças, diferentemente do que ocorre
com adultos e adolescentes, o caráter irracional e excessivo do medo
pode não ser reconhecido.
Em termos de desenvolvimento da fobia, normalmente se destacam três
caminhos: (1) a experiência direta, através da qual o indivíduo vivencia
alguma situação ameaçadora envolvendo o objeto ou situação em questão;
(2) a experiência indireta, por meio da qual se observa este
comportamento exagerado em outras pessoas e, por último (3) o
aprendizado por informação e instrução, o qual se dá no contato com
histórias e informações negativas relacionadas ao estímulo fóbico.
Como identificar a criança que tem fobia? Como perceber que a criança não tem apenas medo, tem fobia em relação a algo?
A criança que tem fobia tende a apresentar intenso comportamento de
evitação, esquivando sistematicamente das situações e/ou objetos
temidos. Além disso, apresenta elevada ansiedade antecipatória diante da
possibilidade de se deparar com o objeto ou situação. Diferentemente
dos medos comuns de determinadas faixas etárias, os medos fóbicos
persistem por longo tempo e causam um grande impacto na vida do
indivíduo.
Quais são as fobias infantis mais comuns?
A fobia referente ao ambiente natural, como é o caso de medo de chuva, está entre as mais frequentes.
Como as fobias podem ser tratadas?
As fobias são tratadas através de psicoterapia, envolvendo,
normalmente, estratégias que incluem a exposição ao objeto ou à situação
temida. Esta é a principal estratégia utilizada no manejo de medos e
ansiedades, denominada dessensibilização sistemática. Claro que para
isto, a criança precisa estar compreendendo o funcionamento do seu
transtorno, bem como já ter desenvolvido recursos para lidar com seu
medo. Dentre estes recursos destacam-se a identificação e avaliação de
pensamentos, assim como o aprendizado do relaxamento. A Terapia
Cognitivo-Comportamental tem sido apontada como o tratamento de escolha
no caso das fobias específicas.
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